UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

UNIDADE ACADEMICA

FACULDADE DE DIREITO

LINHA DE PESQUISA / ÁREA DE CONCENTRAÇÃO

Teoria e Filosofia do Direito / Pensamento Jurídico e Relações Sociais

NOME DO DOCENTE

ALEXANDRE FABIANO MENDES - -

CATEGORIA

Grupo de Pesquisa

CARGA HORARIA

60h(sessenta horas)

CREDITOS

04(quatro)

NOME DA DISCIPLINA / DIA / HORÁRIO

Grupo de Pesquisa

6ª feira

10:00h

DISTRIBUICAO DE CARGA HORARIA
TIPO DE AULA

Teorica

Pratica

CARGA HORARIA

60h(sessenta horas)

CREDITOS

04(quatro)

TOTAL 60h(sessenta horas) 04(quatro)
PRE-REQUISITOS

**************

DISCIPLINA DO CURSO

Mestrado e Doutorado


EMENTA

Direito e Antropofagia: função fraterna e devoração da palavra do mestre. Nos últimos anos, a aproximação entre Direito e Literatura tem sido reavaliada a partir de uma abertura para várias metodologias possíveis. A tentativa, por parte dos juristas, de encontrar na literatura um simples espelho de si mesmo (tribunais, julgamentos, dilemas éticos ou a própria estrutura do direito nos textos literários) tem sido ultrapassada por um relacionamento não hierárquico entre os dois campos, abrindo-os, também, para os estudos sobre estética em geral. As discussões que tenho proposto em diversas disciplinas no âmbito do PPGD (Teoria e Filosofia do Direito) partem da premissa de que a estética não é somente um ramo específico da filosofia, mas a condição mesma da política, no sentido de interrogar as condições do visível, do dizível e na organização de corpos em uma dada sociedade. Neste semestre (2022.2), pretendo seguir os estudos sobre o modernismo no Brasil, partindo da herança antropofágica de 22, seguindo pelas vanguardas concretistas e neobarrocas da década de 60 e chegando nos dias atuais, com especial atenção à emergência de movimentos que reclamam uma cosmopolítica indígena ou uma renovação da antropofagia (reantropofagias). Do ponto de vista jurídico, trata-se de seguir buscando um direito despido das palavras dos mestres e das grandes narrativas (questionamento de sua função paterna inerente), abrindo-o para um conjunto de cantos, línguas, gestos e expressões que enfrentam os dilemas de uma nova poética da fraternidade.

BIBLIOGRAFIA

AGUILAR, G. Poesia Concreta Brasileira: as vanguardas na encruzilhada modernista São Paulo: Edusp, 2005 ANDRADE, O. Pau Brasil. São Paulo: Ed. Globo, 2000. ______. Manifesto Antropófago. In: Reedição da Revista de Antropofagia / 1ª e 2ª dentições maio 1928/1929. São Paulo: Abril Cultural: 1972. ANKER, Elizabeth S.; MEYLER, Bernadette [Eds]. New Directions in Law and Literature. New York: Oxford University Press, 2017. ÁVILLA, A. O lúdico e as projeções do mundo barroco. São Paulo: Perspectiva, 1994. CAMPOS, A. Poesia, antipoesia, antropofagia. São Paulo: Cortez e Moraes, 1978 ______ . CAMPOS, H.; PIGNATARI, D. Mallarmé. São Paulo : Perspectiva, 2002. CAMPOS, Haroldo. O sequestro do barroco na Formação da literatura brasileira: o caso Gregório de Matos. São Paulo: Iluminuras, 2011 CANDIDO, Antonio. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. São Paulo: Ouro sobre Azul, 2013 DERRIDA, J Torres de babel. Belo Horizonte: UFMG, 2002. ______ . Gramatologia. São Paulo: Perspectiva, 2004. ______ . A escritura e a diferença. São Paulo: Perspectiva, 2002. DESCOLA, P. Outras naturezas, outras culturas. São Paulo: Editora 34, 2019 JAKOBSON, R. Lingüística e Comunicação. São Paulo, Cultrix, 1999 PETERS, Julie Stone. Law, Literature, and the Vanishing Real: On the Future of an Interdisciplinary Illusion, PMLA,Vol. 120, No. 2, pp. 442-453, 2005 WHITE, James Boyd. The legal imagination. Chicago: The University of Chicago Press, 1985

OBSERVACOES GERAIS